Espaço inicialmente reservado a produções relacionadas a meu Mestrado em Memória Social e Bens Culturais, Lasalle, 2012. Depois, em boa parte, direcionado a pesquisas vinculadas ao Doutorado em História Social, USP, 2017. Atualmente (2019), dará lugar a publicações conexas a meu pós-doc em Psicologia Social junto à UERJ, com estágio concluído em 2023. Além disso, contempla temas como memória, história, arquivos pessoais, cotidiano, arte, fotografia e outros saberes.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
sábado, 14 de dezembro de 2013
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Arquivos Privados
Algo muito pessoal, particular e carregado de subjetividade, mas ainda assim fonte de preciosas informações. Alunas de um tradicional colégio de freiras assim compunham seus cadernos em 1911. Margens trabalhadas, caligrafia, cuidado extremo com a apresentação estética dos conteúdos são características imediatamente perceptíveis nestes documentos.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Memória Social Questões Teóricas e Metodológicas
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Cartas de amor como fontes de pesquisa uma proposta metodológica e sua aplicação,
Memória Social Questões Teóricas e Metodológicas,
Série Memória e Patrimônio 5
Fotografia
terça-feira, 29 de outubro de 2013
{trans} Forma
A
Tarefa de criar a essência do que a poesia terá de ser no futuro, tem que
consistir nessas formas que se encontram em forças que de fato se transformam
(...). Este é o objetivo central, uma definição muito precisa de como o
trabalho com formas terá de proceder. Um objeto de trabalho de tal maneira, que
só poderá existir como concepção de forma, quando o estético se relaciona com o
trabalho humano em geral.
Joseph Beuys
(1921-1986)
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Joseph Beuys,
Poéticas Visuais,
Transdisciplinaridade
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Largo de São Bento, SP
sábado, 26 de outubro de 2013
Dar nome aos documentos: da teoria à prática
Registro minha participação como ouvinte, em São Paulo, do seminário internacional "Dar nome aos documentos: da teoria à prática", realizado pelo iFHC - Instituto Fernando Henrique Cardoso e ARQ-SP - Associação de Arquivistas de São Paulo, nos dias 24 e 25 de outubro. A realização do evento justifica-se, porque "arquivos, bibliotecas, museus e centros de memória enfrentam hoje, mais do que nunca, a dificuldade de nomear adequadamente os documentos que precisam descrever e disponibilizar para consulta. Na medida em que se interessam por tudo aquilo que pode servir de fonte para a pesquisa, e não apenas por documentos que correspondem a atos de caráter administrativo e jurídico, lidam com uma variedade muito grande de linguagens, suportes, técnicas de registro e formatos, sem dispor de repertórios que os auxiliem nessa tarefa. Tomando por base a experiência de organização do acervo multifacetado da Fundação iFHC, o seminário Dar nome aos documentos: da teoria à prática pretende reunir especialistas para discutir problemas conceituais e terminológicos, com a perspectiva de estabelecer uma plataforma de entendimento capaz de responder não apenas às necessidades daqueles que atuam em instituições de custódia, mas também às de profissionais de outras áreas, igualmente empenhados na nominação dos documentos de que se ocupam".
Fotos: MTomasini. Acima, à esquerda, exposição permanente de objetos dados como presentes a Fernando Henrique Cardoso, quando este ocupava a Presidência da República; à direita, abertura oficial do evento que contou com a presença do ex-presidente. Abaixo:detalhes das instalações do iFHC.
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Dar nome aos documentos: da teoria à prática
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Egressas e professora publicam artigos na revista latino-americana de história
A Revista Latino-Americana de História da Pós-Graduação em História da Unisinos (Qualis Capes B2) acaba de publicar em seu último número (v.2, n.7, 2013) artigos da professora Nádia Maria Weber Santos e suas ex-orientandas, egressas do Mestrado em Memória Social e Bens Culturais, as mestras Maristela Bleggi Tomasini e Ana Lucia Marques Ramires.
Os artigos fazem parte de um número especial da Revista, Dossiê Cidade, Memória e Identidade, relativo à XI Jornada de História Cultural, que aconteceu no Museu Júlio de Castilhos em agosto deste ano. A professora Nádia, além de assinar a apresentação do número especial junto com seus colegas do GT de História Cultural, escreve o texto intitulado “Rastros memoriais de paisagens urbanas: a identidade em palimpsesto da cidade de Quebec/Canadá”, que fez parte da mesa redonda do evento.
As mestres, respectivamente, escrevem: “Porto Alegre Imaginada. Cidade, Cartas de Amor e Poesia” e “Corpo, memórias e identidade no Grupo Redenção de Danças Circulares Sagradas”, ambos com temáticas relativas às suas dissertações de mestrado do Unilasalle.
A revista pode ser acessada neste link.
Fonte: Unilasalle
terça-feira, 15 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Série Memória e Patrimônio 5
Título: Memória Social: questões teóricas e metodológicas
Editora UniLasalle
Organizadoras: Cleusa Maria Gomes Graebin e Nádia Maria Weber Santos.
Lançamento: Feira do Livro de Porto Alegre, previsto para 10/11
Obs.: Na página 277, meu artigo intitulado Cartas de amor como fontes de pesquisa: uma proposta metodológica e sua aplicação.
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Cartas de amor como fontes de pesquisa uma proposta metodológica e sua aplicação,
Memória Social Questões Teóricas e Metodológicas,
Série Memória e Patrimônio 5,
Unilasalle
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Arquivo Vivo
Fonte: SISEM SP
Imagens: mtomasini
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A Fotografia do Invisível,
Arquivo Vivo,
USP
Mostra internacional no Paço das Artes discute o status do arquivo na produção contemporânea
Com abertura prevista para 1° de outubro, a exposição Arquivo Vivo reúne 22 obras que discutem a concepção de arquivo. A coletiva conta, ainda, com série de mesas-redondas, exibição de filmes e oficinas sobre o tema; entrada gratuita
O Paço das Artes inaugura no dia 1o de outubro (terça-feira), às 19h, a mostra internacional Arquivo Vivo. Organizada pela diretora e curadora do Paço das Artes, Priscila Arantes, a exposição apresenta 22 trabalhos de artistas nacionais e internacionais, divididos em instalações multimídia, projetos em vídeo, arte digital, fotografia, entre outros.
Integram a coletiva nomes como Cristina Lucas (Espanha), Yinka Shonibare MBE (Inglaterra), Nicola Costantino (Argentina), Hiraki Sawa (Japão), Berna Reale (Brasil), Raquel Kogan (Brasil), Marilá Dardot (Brasil), Rosangela Rennó (Brasil), Regina Parra (Brasil), Mabe Bethônico (Brasil), Ivan Navarro e Mario Navarro (Chile), Voluspa Jarpa (Chile), Letícia Parente (Brasil), Paula Garcia (Brasil), Eduardo Kac (USA/Brasil), Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti (Brasil), Masaki Fujihata em colaboração com Frank Lyons (Japão), Vesna Pavlović (Sérvia), Christian Boltanski (França), Lucas Bambozzi (Brasil), Pablo Lobato (Brasil), Edith Derdyk (Brasil).
Entenda a mostra
A curadoria dialoga com o conceito de “Mal de Arquivo”, proposto por Jacques Derrida, que entende o arquivo como uma operação performática ou como um dispositivo incompleto e, por isso, sempre aberto a novas escrituras. “Artistas que se apropriam de material de arquivo, que criam arquivos fictícios, que desenvolvem projetos a partir de uma modalidade arquival, que reencenam obras de arte, criadores que colocam em debate os processos de catalalogação e arquivamento, e os que incorporam o arquivo no próprio tecido corporal são alguns dos selecionados para Arquivo Vivo”, explica Priscila Arantes.
A A coletiva apresenta a investigação destes criadores a partir de três vetores: arquivo e apropriação de documentos e obras da história e da história da arte; arquivo no corpo e corpo como arquivo; arquivo de artista, arquivo institucional e banco de dados.
A A coletiva apresenta a investigação destes criadores a partir de três vetores: arquivo e apropriação de documentos e obras da história e da história da arte; arquivo no corpo e corpo como arquivo; arquivo de artista, arquivo institucional e banco de dados.
A primeira seção reúne projetos que reencenam obras/documentos emblemáticos da história e da história da arte, como, por exemplo, o vídeo La Liberté Raisonné, em que Cristina Lucas faz uma releitura de A Liberdade Guiando o Povo, de Eugene Delacroix, e o trabalho Vera Cruz, de Rosangela Rennó, que dialoga com a carta escrita por Pero Vaz de Caminha sobre o descobrimento do Brasil.
É possível destacar também a instalação Cara Metade, da dupla chilena Ivan e Mario Navarro. Os artistas abordam a cooperação militar entre França e Brasil, em especial, em relação às táticas de tortura exportadas da Europa para América Latina via ditadores brasileiros na década de 60. Com a recente abertura dos arquivos políticos, a obra chama atenção por lançar luz a esse período obscuro, que completa 50 anos em 2014.
Já artistas como Letícia Parente e Eduardo Kac são alguns dos que utilizam o corpo como escritura ao incorporarem marcas e indícios de um corpo-arquivo, um corpo-mensagem. No vídeo Marca Registrada, Parente costura a inscrição Made in Brazil na sola do pé. Kac traz registros da implantação de um microchip com um vídeo de identificação no próprio tornozelo em Time Capsule.
Por fim, destacam-se propostas nos quais os artistas colocam em cena arquivos pessoais ou criam complexos sistemas de banco de dados, a exemplo da sequência de fusões de retratos antigos em preto e branco do francês Christian Boltanski na obra Entre-Temps, e Expiração 09, compilado do material do arquivo audiovisual de Pablo Lobato. No início da exposição, um software idealizado pelo artista define o período de existência de cada vídeo aleatoriamente. Todos serão apagados de forma definitiva no fechamento da temporada no Paço das Artes.
Arquivo Vivo encerra a trilogia sobre o tema, abordado pela instituição nos projetos Livro_Acervo (2010), que inclui a enciclopédia Temporada de Projetos 1997-2009, e Para Além do Arquivo (2012-2013), mostra feita em parceria com o Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza (CE).
Atividades paralelas
A exposição conta com uma série de mesas redondas com artistas participantes, colecionadores e curadores como Miguel Chaia e Denise Mattar, e exibição de filmes (ver abaixo). Entre eles, Vento de Valls, de Pablo Lobato, e O Dia que Durou 21 Anos, de Camilo Tavares, que aborda os bastidores da participação dos Estados Unidos na execução do golpe militar brasileiro, em 1964.
Haverá, ainda, a oficina Arquivos na realidade Urbana Aumentada (A-RUA), que será ministrada pela artista Suzette Venturelli. A programação prevê também atividades, desenvolvidas pelo Núcleo Educativo da instituição com o objetivo de aprofundar as discussões sobre os assuntos expostos.
Haverá, ainda, a oficina Arquivos na realidade Urbana Aumentada (A-RUA), que será ministrada pela artista Suzette Venturelli. A programação prevê também atividades, desenvolvidas pelo Núcleo Educativo da instituição com o objetivo de aprofundar as discussões sobre os assuntos expostos.
Sobre a curadora
Priscila Arantes é crítica de arte, curadora, pesquisadora e professora universitária. É diretora técnica e curadora do Paço das Artes desde 2007, onde desenvolve projetos no campo da arte contemporânea. É também professora de cursos de pós-graduação e graduação em “Arte: história, crítica e curadoria” na Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC/SP). Em 2012, recebe prêmio da Paul Getty Foundation para participação na conferência anual do College Art Association (CAA). Entre 2007 a 2010, é diretora adjunta do MIS (Museu da Imagem e Som/SP). Formada em filosofia pela USP, possui mestrado e doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e pós-doutorado em Artes pela Unicamp (2010) e Penn State University (USA/2012). É parecerista da Capes/MEC no campo das artes, membro do Conselho deliberativo da Anpap (Associação nacional de Artes Plásticas) e, em 2010, integra o Conselho da Revista do Pólo de Arte Contemporânea da Bienal Internacional de São Paulo. Entre suas curadorias destacam-se Circuitos Paralelos: retrospectiva Fred Forest (Paço das Artes, 2006), Bia Medeiros: trajetórias do corpo (Caixa Cultural RJ e BSB,2008), I/legítimo: dentro e fora do circuito (MIS e Paço das Artes, 2008) e “Crossing” [Travessias} (Paço das Artes, 2010).
Paço das Artes
Instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, o Paço das Artes foi criado no início dos anos 70 e é conhecido como um centro de exposição e reflexão sobre a produção artística contemporânea. Caracterizado como um espaço experimental e multidisciplinar, promove exposições temporárias que compreendem os diversos segmentos da arte contemporânea: desenho, pintura, escultura, fotografia, performance, videoarte, arte digital, instalações multimídia, entre outros. Nos últimos anos, a instituição apresentou exposições de artistas importantes do cenário da arte contemporânea, como Pipillot Rist, Yang Fudong, Marina Abramovic, Bill Viola, entre outros.
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PROGRAMAÇÃO
MESAS REDONDAS
2/10 (quarta-feira) | O Arquivo na Produção Contemporânea
19h às 19h40 - Priscila Arantes e Simone Osthoff
20h às 21h30 - Lucas Bambozzi, Rejane Cantoni, Leonardo Crescenti e Raquel Kogan
3/10 (quinta-feira) | O Arquivo na produção contemporânea
19h às 19h40 – Pablo Lobato e Camilo Tavares
20h às 21h30 - Berna Reale, Regina Parra, Marilá Dardot e Edith Derdyk
17/10 (quinta-feira) | Arquivo, Acervo e Colecionismo
19h30 às 21h30 - Miguel Chaia e Denise Mattar
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FILMES
4 / 10 (sexta-feira)
17h - Ventos de Valls, de Pablo Lobato (2013, 83 min, documentário, HD, Brasi)
19h - O Dia que Durou 21 anos, de Camilo Tavares (2012, 77 min, documentário, Brasil)
19h - O Dia que Durou 21 anos, de Camilo Tavares (2012, 77 min, documentário, Brasil)
5 e 6/10 (sábado e domingo)
15h30 - Ventos de Valls
17h30 - O Dia que Durou 21 anos
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17h30 - O Dia que Durou 21 anos
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OFICINA
1º e 2/11 | 14h às 18h | Arquivos na realidade Urbana Aumentada (A-RUA)
A artista Suzette Venturelli ministra oficina em que apresenta ferramentas para a criação de Realidade Aumentada desenvolvida por artistas. Além disso, destaca tecnologias aplicadas na visualização de dados arquivados para o espaço urbano.
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A artista Suzette Venturelli ministra oficina em que apresenta ferramentas para a criação de Realidade Aumentada desenvolvida por artistas. Além disso, destaca tecnologias aplicadas na visualização de dados arquivados para o espaço urbano.
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NÚCLEO EDUCATIVO
1/10 a 8/12 | Espaço Traduções
Os visitantes poderão adicionar, em um blog criado especialmente para a exposição, fotos, vídeos, depoimentos e outros registros que dialoguem com a ideia de arquivo.
Os visitantes poderão adicionar, em um blog criado especialmente para a exposição, fotos, vídeos, depoimentos e outros registros que dialoguem com a ideia de arquivo.
23/11 | 14h às 16h | Paço Criança – Livro de Artista
Pais e filhos poderão criar um arquivo familiar, a partir de suas experiências, invenções e apropriações.
Pais e filhos poderão criar um arquivo familiar, a partir de suas experiências, invenções e apropriações.
Concepção (Núcleo Educativo do Paço das Artes): Cristiane Ferreira de Almeida, Larissa Buran e Mariana Maia Sesma
(Programação sujeita a alterações)
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SERVIÇO
EXPOSIÇÃO ARQUIVO VIVO | GRÁTIS
Abertura: 1o de outubro, terça-feira, às 19h
Visitação: 2 de outubro a 8 de dezembro de 2013
Horários: terça a sexta-feira, das 11h30 às 19h | sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 17h30
Classificação: Livre
Acesso e elevador para cadeirantes | Ar condicionado | Não tem estacionamento próprio
Na inauguração, haverá o lançamento dos catálogos da Temporada de Projetos 2011 e da 1ª edição da Temporada de Projetos 2013.
Abertura: 1o de outubro, terça-feira, às 19h
Visitação: 2 de outubro a 8 de dezembro de 2013
Horários: terça a sexta-feira, das 11h30 às 19h | sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 17h30
Classificação: Livre
Acesso e elevador para cadeirantes | Ar condicionado | Não tem estacionamento próprio
Na inauguração, haverá o lançamento dos catálogos da Temporada de Projetos 2011 e da 1ª edição da Temporada de Projetos 2013.
Paço das Artes
Avenida da Universidade, 1, Cidade Universitária, São Paulo | (11) 3814 4832 | www.pacodasartes.org.br
Avenida da Universidade, 1, Cidade Universitária, São Paulo | (11) 3814 4832 | www.pacodasartes.org.br
Imagens: mtomasini
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segunda-feira, 30 de setembro de 2013
sábado, 28 de setembro de 2013
A Reflection about a Picture
In the text called Pictures, by Douglas Crimp, I discovered something very interesting about art, specially about picture. The text, indeed, an essay was published in a catalog by Artist Space, 1972.
To understand a picture itself, we must determine how the picture becomes a signifying structure, but not in order to uncover a lost reality. There is a illusion of something exterior to this work, as the illusion of space behind a painting’s surface.
So, when we think about art, about a paint, about a picture, about photography, etc., when you think about the art object itself, you think about its meaning. Anyway, perhaps the answer to its meaning resides in the desire.
A desire. A desire is something not real that resides on our imagination. No body, no material, no dimension, but simply a desire. It’s important to remember that the desire comes about only in the sphere of frustration, because “the image remains forever at a distance”. The image can resides in its reflection or in its shadow.
Is the art a illusion or a desire? I don’t know, because all desire may be only a illusion.
And when I say art I want to say also the emotion that art produce.
Maristela Bleggi Tomasini
A Fotografia do Invisível - CAP5359
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sexta-feira, 6 de setembro de 2013
O Xauter, 1916
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O Xauter 1916,
Sensibilidades,
Sociabilidades
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Psicologia Experimental
Este vídeo foi feito em São Paulo, em fevereiro de 2013. Ele foi editado e produzido por Rogério Centofanti, pesquisador da História da Psicologia no Brasil. No vídeo, falo sobre Giuseppe Sergi, e do significado impactante que foi a adoção de métodos de psicologia experimental junto a instituições de ensino, na Itália e também no Brasil. A propósito deste último, diga-se que, em 1914, houve a instalação de um laboratório de psicologia experimental, que funcionou no prédio da Escola Normal de São Paulo, em plena Praça da República. Mas esta é outra história, uma história de quase cem anos, que muito em breve será contada em livro.
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Giuseppe Sergi,
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Chalá da Praça XV
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Na XI Jornada de História Cultural
domingo, 1 de setembro de 2013
Porto Alegre Imaginada. Cidade, Cartas de Amor e Poesia
RESUMO. Pode-se estudar uma cidade a partir
de seus dados oficiais, especialmente econômicos, de suas estatísticas,
produzindo com isso uma seriação infindável de relações de inquestionável
exatidão. Tais dados, certamente, muito
informam; todavia, eles pouco ensinam, ao menos do ponto de vista das
sensibilidades e das sociabilidades que afetam o nosso ethos urbano, essa identidade a partir da qual concebemos o espaço
onde nos inserimos, vivemos, trabalhamos, amamos. A relação entre a cidade e os
homens que a habitam, ou que apenas habitualmente a frequentam, vem sendo
objeto de estudos, avaliações e perquirições acerca de sua natureza, inclusive
do ponto de vista da História Cultural. Por outro lado, há lugar não apenas
para uma concepção dessa cidade como espaço real, mas ainda como plena de
imaginários, de lugares onde a ficção acontece na interioridade dos sujeitos,
exteriorizando-se depois mediante suas práticas. O artigo apresenta visões do
espaço urbano de Porto Alegre, a partir de fontes epistolares. Tratam-se de
três poemas e de duas cartas de amor escritas na década de 1920. Os documentos
foram extraídos de um conjunto maior, fonte da dissertação de mestrado da
autora intitulada Memória Social em Cartas de Amor: Sensibilidades e
Sociabilidades na Porto Alegre de 1920, sob orientação da Dra. Nádia Maria
Weber Santos. Escolheram-se, para elaboração deste artigo, trechos destes
documentos, onde foram destacados relatos pessoais do remetente da
correspondência, para colocar-se em relevo sua relação com o espaço urbano
metaforizado pelas sensibilidades de um apaixonado.
PALAVRAS-CHAVE: Arquivos pessoais. Cartas de amor. Imaginário
urbano.
ABSTRACT. We can study a city from its official data,
especially economic, its statistics, and produce from it an immense series of
relationships very clear and accurate. These data certainly are very correct,
but teach very little, at least from the point of view of sensitivities and
sociability that affect our urban ethos, this identity from which we conceive
the space where we operate, where we live, where we work, where we love. The
relationship between the city and the men who inhabit it, or just habitually
attend, has been the object of studies, reviews, and questions regarding its
nature, including from the point of view of cultural history. On the other
hand, there is a place, not just for a conception of this city as real space,
but still as full of imaginary places where fiction takes place in the
interiority of the subject, externalizing up after by their practices. The
article presents visions of urban space in Porto Alegre, from epistolary
sources. These are three poems and two love letters written in the 1920s. The
documents are taken from a larger group, the source of the author's
dissertation entitled Social Memory in
Love Letters: Sensitivities and Sociability in Porto Alegre, 1920, under
the guidance of Dr. Nadia Maria Weber Santos. Were chosen for the preparation
of this article excerpts of these documents, which were posted personal
accounts of the sender of the correspondence, to put into relief its
relationship with urban space metaphorized the
sensibilities of a lover.
KEY WORDS: Personal archives. Love Letters.
Urban imaginary.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Paleografia Medieval
Disciplina de objetivos práticos, propondo uma visão ampla e conjunta da paleografia medieval, com iniciação na leitura de manuscritos confeccionados nos scriptoria entre o VI e XIII séculos. O curso foi ministrado em língua francesa pelo Prof. Dr. Stéphane Gioanni, da École Française de Rome.
Na foto, manuscrito do século XII, escrita gótica. Trabalho de monges copistas.Trata-se de uma das cópias do Evangelho de São João. Há texto e também apontamentos de notação musical correspondente a passagens de canto gregoriano,pois se trata de peça utilizada em ofícios religiosos.
Bibliografia:
BRESSLAU, H. Manuale di diplomatica per la Germania e l’Italia. Roma, 1998.
FRENZ, T. I documenti pontifici nel Medioevo e nell’età moderna. Città del Vaticano, 1989.
GUYOTJEANNIN, Olivier; PYCKE, Jacques; TOCK, Benoît-Michel, Diplomatique Médièvale, Paris, 2003.
LASALA, Fernando de; RABIKAUSKAS, Paulius. Il documento medievale e moderno. Panorama storico della diplomatica generale pontifícia. Roma, 2003.
PAOLI, Cesare. Diplomatica. Firenze, 1987.
PRATESI, Alessandro. Genesi e forme del documento medievale. Roma, 1999.
TAMBA, Giorgio. Uma corporazione per il potere. Il notariato a Bologna in età comunale. Bologna, 1998.
domingo, 11 de agosto de 2013
Cidade
A
cidade aparece como um todo no qual nenhum desejo é desperdiçado e do qual você
faz parte, e, uma vez que aqui se goza tudo o que não se goza em outros
lugares, não resta nada alem de residir nesse desejo e se satisfazer.
CALVINO, ítalo. As cidades invisíveis. Tradução: Diogo
Mainardi. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 16.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Utopias do Renascimento
"Oh! Souberas quantas coisas dizem sobre o século vindouro, tiradas da
Astrologia e dos nossos profetas! Afirmam que em cem anos a nossa época contém
mais feitos memoráveis que o mundo inteiro em quatro mil; e que neste último
século se editaram mais livros que nos cinqüenta anteriores. Falam também da
maravilhosa invenção da imprensa, da pólvora e da bússola, coisas estas que
constituem outros tantos indícios e instrumentos da reunião de todos os
habitantes do mundo em um só redil. Expõem igualmente como tudo isso aconteceu
enquanto tinham lugar grandes conjunções no triângulo de Câncer e no momento em
que a ápside de Mercúrio se adiantava a Escorpião, sob a influência da Lua e de
Marte, com o seu poder para uma nova navegação, novos reinos e novas armas. Mas,
quando a ápside de Saturno entrar em Capricórnio, a de Mercúrio em Sagitário, e
a de Marte em Virgo, depois das primeiras grandes conjunções e após o
aparecimento de uma nova estrela em Cassiopeia, surgirá uma nova monarquia e
reformar-se-ão as leis e as artes, ouvir-se-ão novos profetas." Texto de
1602, de CAMPANELLA, da obra UTOPIAS DO RENASCIMENTO, México: Ed. Fondo de
Cultura Economica, 1941. P. 202, in SARAIVA,
Antônio José. História da Cultura em
Portugal, Lisboa: Jornal do Foro, 1955, Vol. II, p. 15/16.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Lançamento nacional do documentário “Girl Rising”
No dia 14 de agosto, às 11h30, a Escola Politécnica (Poli) da USP receberá a exibição do documentário Girl Rising, que apresenta história de mulheres e meninas de diversas partes do mundo e o poder da educação na modificação da realidade destas mulheres. O evento é coordenado pelo grupo de estudos de gênero da Poli (PoliGen), com o apoio da empresa Intel, e integra as comemorações dos 120 anos de criação da Escola.
Girl Rising, proposto pela Intel e dirigido por Richard Robbins, conta as histórias de nove garotas de nove países, escritas por nove escritores famosos e narradas por atrizes renomadas. Os casos apresentados nos filmes apresentam a força do espírito humano e o poder da educação para mudar o mundo.
Após a exibição do filme, haverá um debate com produtores do filme, integrantes do PoliGen e a plateia. O objetivo do evento é debater, a partir da exibição do filme, questões relacionadas ao gênero e à mulher. O PoliGen começou com uma discussão sobre A Mulher no Mundo Digital promovida em 8 de março de 2012. A partir de então, foram realizadas reuniões mensais de discussões de temas relacionados à questão de gênero.
A Poli iniciou suas atividades em 1893, com os cursos de Engenharia Industrial, Engenharia Agrícola, Engenharia Civil e o Curso Anexo de Artes Mecânicas. Desde sua fundação, a Poli foi celeiro de alunos e professores ilustres, dentre os quais alguns dos maiores nomes da engenharia e da ciência do País, como Adolfo Lutz, Vital Brasil, Francisco Ramos de Azevedo, Luiz de Anhaia Mello, Luiz Cintra do Prado, Telêmaco Van Langendock, entre outros.
Para participar basta confirmar presença pelo email eventos@poli.usp.br. O evento será realizado no auditório Professor Francisco Romeu Landi, no Edifício Mário Covas Jr (prédio da administração da Escola).
Fonte: USP Eventos
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
A Casa dos Homens
O Coletivo 2ª Opinião, formado em 2012 na USP, apresenta no segundo semestre de 2013 o espetáculo A casa dos homens. O espetáculo acontece entre 10 de agosto e 15 de setembro, nos sábados às 22 horas e domingos às 19 horas na Sede Luz do Faroeste. Não é necessária a compra de ingresso, a entrada será “pague quanto puder”.
Na peça, o coletivo investiga as questões de gênero. A pesquisa inicia-se com o mote da condição histórica e social da mulher enquanto problematização da cultura social. Em seguida, o coletivo aprofunda a pesquisa com o estudo da masculinidade e percebe a importância também do universo infantil, um momento delicado em que as noções de estrutura patriarcal já estão sendo transmitidas.
O coletivo, juntamente com outros nove grupos de teatro e cinema formaram a Ocupação Amarelinho da Luz. A ocupação conta com o organizador Paulo Faria do Pessoal do Faroeste e reúne diversos artistas que pretendem trocar experiências com o entorno e a comunidade. A Sede Luz do Faroeste fica na Rua do Triunfo, 305, Santa Efigênia, São Paulo.
Fonte: Agência USP de Notícias
terça-feira, 30 de julho de 2013
A Fotografia do Invisível
A fotografia do Invisível
Prof. responsável: Mario Ramiro
Profa. ministrante: Vesna Pavlovic (Vanderbilt University, Nashville, USA)
Entre os dias 23 e 27 de setembro (sala C8 - prédio do Depto. de Artes Plásticas), a professora Vesna ministra um curso compacto no contexto da disciplina “A fotografia do Invisível”, sob responsabilidade do prof. Dr. Mario Ramiro. As aulas tematizam a chamada “fotografia expandida”, analisando as manifestações contemporâneas da produção fotográfica que se expande para o espaço instalativo das exposições e que também se utilizam de recursos do cinema e de outras mídias audiovisuais na sua constituição.
Minuta: A disciplina irá discutir os conceitos e técnicas das práticas fotográficas contemporâneas que consideram os arquivos fotográficos já existentes como um ponto de partida para o trabalho criativo. As aulas irão abordar, por meio de uma série de slides, leituras, oficinas e discussões o desenvolvimento do pensamento conceitual no campo da arte fotográfica até a chamada "fotografia expandida" onde a instalação e o cinema se apresentam nos dias de hoje como formas de leitura do trabalho fotográfico. A discussão pretende evoluir ainda para os temas da impermanência e preservação dos arquivos fotográficos nos dias de hoje. A artista e profa. de fotografia da universidade Vanderbilt, em Nashville, Tennessee (USA) ira apresentar o seu próprio trabalho sobre a "Iconografia do Espetáculo", em que utiliza arquivos de imagens fotográficas como forma de discutir a representação da história e da memória coletiva na antiga Iugoslávia após a Segunda Guerra Mundial.
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quarta-feira, 24 de julho de 2013
Fotografia
Porto Alegre. Uma cidade à beira do Guaíba, seu lago, seu rio, seu estuário, ninguém sabe. Uma cidade especular, que aos poucos resgata este espaço às águas, criando, sobre elas, uma hidrovia que nos leva e traz à cidade de Guaíba em menos de meia hora.
terça-feira, 23 de julho de 2013
CARTA DA TRANSDISCIPLINARIDADE
Elaborada no Primeiro Congresso Mundial da Transdisciplinaridade, Convento de Arrábida,
Portugal, 2-6 novembro 1994. Texto.
Artigo 8:
A dignidade do ser humano é também de ordem cósmica e planetária. O surgimento do ser
humano sobre a Terra é uma das etapas da história do Universo. O reconhecimento da Terra como pátria é um dos imperativos da transdisciplinaridade. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade, mas, a título de habitante da Terra, ele é ao mesmo tempo um ser transnacional. O reconhecimento pelo direito internacional de uma dupla cidadania – referente a uma nação e a Terra - constitui um dos objetivos da pesquisa transdisciplinar.
Artigo 8:
A dignidade do ser humano é também de ordem cósmica e planetária. O surgimento do ser
humano sobre a Terra é uma das etapas da história do Universo. O reconhecimento da Terra como pátria é um dos imperativos da transdisciplinaridade. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade, mas, a título de habitante da Terra, ele é ao mesmo tempo um ser transnacional. O reconhecimento pelo direito internacional de uma dupla cidadania – referente a uma nação e a Terra - constitui um dos objetivos da pesquisa transdisciplinar.
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Carta da Transdisciplinaridade,
Transdisciplinaridade
sábado, 13 de julho de 2013
Civilidade e Socialidade
“Temos, por isso, dois termos quase equivalentes para
designar a emergência que chamamos a civilização: civilidade e socialidade, os quais, em um dado momento da história,
e em circunstâncias específicas, se fundem com a noção de sociabilidade. Todos estes termos designam certa forma de respeito
do outro e de regulação da violência natural do indivíduo. Assim, a construção
histórica do saber-viver pode
legitimamente aparecer como uma maneira de gerir a contradição entre o
indivíduo e a sociedade, entre a liberdade individual e a regulação das
paixões. O saber-viver instaura uma
domesticação coletiva”.
LEENHARDT,
Jacques. Sensibilidade e sociabilidade. In: RAMOS, Alcides Freire; MATOS, Maria
Izilda Santos de; PATRIOTA, Rosangela (Org). Olhares sobre a história. Goiás: Editora Ucitec, 2010, p. 27-28.
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Jacques Leenhardt,
Sensibilidades,
Sociabilidades
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Viver, escrever, arquivar
"O
desejo de acumular em um só lugar o testemunho escrito de um percurso singular,
a escolha de tornar mais ou menos público aquilo que revela a esfera privada,
até mesmo íntima, só se pode compreender assinalando as camadas históricas da
experiência social, política e intelectual que fez de todas essas vidas,
reunidas e monumentalizadas sob a forma de arquivos, um receptáculo de saber e
de valor, resultado de um empreendimento coletivo, único produto de um
compromisso".
Fabre, Daniel. « Vivre, écrire, archiver », S. & R., n° 13, Avril
2002, pp. 19-42.
terça-feira, 9 de julho de 2013
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Egressa do Mestrado passa na seleção de doutorado da USP
05.07 - Egressa do Mestrado passa na seleção de doutorado da USP
Egressa do Curso em Memória Social e Bens Culturais, Maristela Bleggi Tomasini foi aprovada no Doutorado da USP.
A aluna concluiu o curso no Unilasalle em 2012, e seu projeto de mestrado foi sobre Memória Social em Cartas de Amor: Sensibilidades e Sociabilidades na Porto Alegre da Década de 1920.
domingo, 7 de julho de 2013
História Social, USP
Trabalhar agora em nível acadêmico conteúdos relacionados a arquivos privados, estes objetos de pesquisa que me fascinam, que me apaixonam. E a alegria de ter alcançado o ingresso em no DD da USP 2013/2, graças ao generoso convite da Dra. Ana Maria de Almeida Camargo, agora minha orientadora.
terça-feira, 25 de junho de 2013
sábado, 15 de junho de 2013
REVISTA VIDA BRASIL
PENSANDO BEM...
terça-feira, 18 de junho de 2013
Qualquer hora, quando eu tiver tempo.
Cogumelos
terça-feira, 18 de junho de 2013
Inusitada - É que tem dessas coisas. Pequenos imponderáveis que a gente registra; porque não é apenas de grandezas que a vida é feita. Somos todos cotidianos. Querendo ou não, uma boa dose de surpresa existe sempre por aí, perdida nas nossas rotinas, desviada de nosso olhar: voltado sempre para o próximo instante, a próxima hora, a próxima obrigação a ser cumprida. Qualquer hora, e compro prendedores de roupa. Depois saio por aí enfeitando as árvores, pondo brincos em suas folhas.
Qualquer hora, quando eu tiver tempo.
Qualquer hora, quando eu me sentir menos assim.
Menos o quê?
Ah! Preterida. Preterida?
Ah! Preterida. Preterida?
Pois é. Bem que um "f" nesta palavra faria toda a diferença...
Esforço
Eu me esforço bastante para ser assim... Como se diz? Acho que ajustada. A-jus-ta-da. Será mesmo? Devo ter educação, boas maneiras, sorrir, falar baixo, fazer de conta que não vejo tudo o que vejo, que não ouço tudo o que ouço, que não sei nada de tudo quanto eu sempre soube, que não ligo, que não dói, que não sinto. Enfim, faz de conta que não sou eu, que nem sei de mim. Posso mesmo ser este papel que decora a parede, onde tem um prego fincado bem fundo, para que ali se pendure um aviso: FECHADO.
Um Papel
E meus olhos não fugiam do pequeno papel dobrado deitado ao chão lado a lado ao cigarro que alguém fumou até além do fim. E deu-me tamanha vontade de desdobrar e de ler. Fiquei perguntando aos tais botões, que devo ter de meus, se não havia alguma coisa ali escrita, e que a água lavaria tal e qual batismo místico, e que algum gari varreria, tal e qual fosse lixo, e que lixo bem era, certamente. E se houvesse ali algo escrito? Pudera! Que houvesse por certo algum recado, bilhete, endereço, nota, quem sabe, um abraço uma dedicatória, uma perda... Ah, quantas dessas notas irrecuperáveis não se desperdiçam ao longo da vida, e que uma chuva não leva, e que um gari não varre e que eu não juntaria por comodidade, por inspiração, por quereres de mistérios que gosto de inventar assim. Por nada.
Contra o fundo azul
É tão simplesmente bonito sentir apenas as cores e seu impacto sobre o fundo dos olhos. O azul purificado de um dia luminoso e o rosa matizado de branco e de maravilha, mais o escuro dos troncos e... pronto! Irresistível. É preciso fotografar e torcer pela fidelidade da lente que introduz a eternidade do efêmero, que prolonga o prazer de perceber as coisas assim, por nada, por puro acaso. Na paisagem, na asa de um inseto, no reflexo fugidio provocado pelo vidro de uma janela que bate com o vento, nesses pequenos nadas que não contam, mas que humildemente compõe uma parte tão pouco perceptível da vida.
Contornar é ótimo. Pois é. O gato subiu no telhado, me engana que eu gosto, eu não tinha escolha, nem alternativa, eu não queria, mas. Manda quem pode, obedece quem tem juízo, ou quem precisa, ou mesmo quem quer, mas não assume. Tirar o corpo fora é possível, sim, mas sempre se deixa alguma coisa na reta, contando com fato de que os farrapos com os quais acobertamos nossas desculpas não deem margem a boatos do tipo que anuncia, por exemplo, a nudez do rei. Ah! Como a linguagem permite essas dubiedades, e como esses discursos têm se tornado assombrosos, ao menos do ponto de vista das coisas ditas republicanas. É notório o quanto todos têm se tornado sutilmente respeitosos, e o quanto a coerência anda em alta. Difícil é engolir e digerir os sapos & cobras que nos são servidos nesses banquetes de delicadeza, nessas considerações alinhavadas com tanta doçura. Eu me sinto lisonjeada por merecer tantas satisfações. Eu até tenho conseguido fingir bem direitinho que acredito piamente em tudo quanto me dizem. Alguma dúvida?
Convívio
Quase sempre acabamos transformando uma conversa numa disputa, depois numa briga, depois num mal-estar que perdura por dias, até que cedemos novamente. Ruim por perto, ruim também quando longe, porque sinto falta de alguma coisa nele que nem sei direito o que poderia ser. Nunca soube e acho que nunca vou saber. Ele também, eu acho. Presumo que soframos os dois como doidos cada vez que acontece uma briga que nos coloca um de cada lado. Contudo, de longe, continuamos sempre a nos espreitar reciprocamente, até que, devagar, um poupando o ego do outro, cuidadosamente, nos reaproximamos utilizando até uma linguagem cerimoniosa. Depois cedemos, para lamber feridas e recompor vaidades.
Cogumelos
Eles nasceram assim. Tão perto, que me atentaram. Então fotografei e documentei os cogumelos do Parque da Redenção. Tão perto! Nasceram praticamente colados! Este parque é cheio desses mistérios, de coisas e pessoas muito estranhas com as quais a gente se depara sem esperar. É um lugar onde os imponderáveis abundam... — Que frase mais pedante, céus! — Só que me deu vontade de escrever assim, bem assim, por desaforo, por derrisão, para mexer com a paciência do leitor ocasional, que vem aqui sem saber por que, e depara-se com essas manifestações tão inesperadas. Na falta de coisa melhor, nada como sair em busca de mistérios. Nem que sejam assim, bem singelos, simplórios ou, melhor dizendo, à maneira dos pernósticos: prosaicos. Pensei na hora emarrancá-los, tomar posse deles, sentir nas mãos seu estofo macio, que lembra a borracha que apaga o grafite. Pensei na hora em cheirá-los, e lembrar-se daquele leve odor de mofo de livros, que eu amo sentir. Pensei na hora em comê-los talvez, mas deu-me dó separá-los, desgrudá-los um do outro, só pela vaidade de ser mais forte, e de dispor de poder para tanto. Ponderei essas coisas todas. Meu cérebro é cheio dessas bobagens inconfessáveis, que só não são pura doidice pela imensa elasticidade do conceito de literatura. Qualquer bobagem que a gente escreva pode ser literatura. A pós-modernidade é tolerante, e as bienais proliferam. Por que não proliferar então os cogumelos geminados? Por que não fotografá-los? Afinal, são bonitos e têm a tal da atitude. Atitude? Sei lá. Deve ser algo assim o que eles têm.
Cidades
Cada uma sendo do jeito que é. É certo que se pode olhar para elas a partir de dados que dizem tudo: pode-se saber quantos moram nela, o que fazem, quanto ganham, se há carros, aeroportos, se há rios, se há mares, se há velhos, jovens, adultos, se os há, e quantos há de cada um. Mas nada fala tanto da cidade quanto nosso olhar de ver, quando se aprende a atentar, não para as coisas mensuráveis e quantificáveis, mas para esses dados avulsos, essas coisas soltas, esses pequenos grandes achados que se inscrevem em muros, paredes, calçadas, e que são feito tatuagens. Dessas coisas únicas, que não se repetem: marcas individuais que definem uma cidade dentre tantas e tantas outras.
Fluidos
Com a primeira semivogal tonalizada, como deve ser. Fluidos. Lembro-me de quando ouvi pela primeira vez esta palavra aplicada por um espiritista dado a discursos sobre as tais estranhas forças que nos cercam. Tudo é cheio de forças — dizia ele — de fluidos, de emanações, de energias que se deslocam pelo espaço, mesmo estando fora do espaço como se entende espaço. Contingentes, imprecisas, sempre refugindo ao alcance de nossos parcos sentidos. Criança ainda, aquilo impressionou-me profundamente, acossou-me a imaginação, e fiquei a me representar os tais fluidos pelo espaço, à deriva, formando estranhos desenhos ainda mais leves e sutis que aqueles que eu costumava flagrar nas nuvens. Dei-me conta de que imaginava os tais fluidos do espiritista como algo assim: uma sutilíssima fumaça que desenha formas abstratas pela paisagem, irradiando luares, vibrações, assombros. Pensamento consolador. Como qualquer verdade que se oponha a esse cotidiano prosaico que nos esmaga com sua retórica precisa e seca.
Frases Feitas
Quando se diz que se faz de tudo, ou qualquer coisa, ou quando se diz que quanto maisse reza mais assombração aparece; e quando o Roque diz que tem dia que é noite, penso em todas as frases feitas que tenho feito e desfeito ultimamente, rosário desfiado de predições que se debulha, tipo dia de muito véspera de pouco, mais vale não ter que ter e perder, e todas essas outras bobagens, miudezas, coisas pequenas, mas, verdade é, afinal de contas, que manda quem pode obedece quem quer.
Ausências & Presenças
Talvez não seja exatamente o que pensamos uma ausência. Há outros onipresentes a quem designamos um exílio emocional tão determinante que jamais se fazem presentes e, ainda que estejam por perto, sua ausência é sempre absoluta. Nascem mortos, ou se morrem, ou os matamos nós, dolosa ou culposamente. Outros dentre os outros são sempre esquecidos, porque nunca chegaram a ser lembrados, a não ser de modo fugidio e, não fossem agendas e lembretes, não tomavam existência nem corporeidade nunca. Até que se desejaria não os esquecer, até que se desejaria, por delicadeza ou complacência, lembrá-los mais vezes, só que, ainda assim, nos fogem, nos escapam, e nada deles deixa rastro de memória que nossa sensibilidade possa capturar, indiferentes que são. Muito iguais, nunca chegaram a tomar corpo e assim ficaram, para sempre fragmentados. Outros há, todavia, cuja presença é tão intensa que já fazem parte de nós, presentificam-se em nosso interior, ficam sempre ali e de tal forma, e com tamanha persistência, que viram um pouco outros eus da gente também. E, no fim, nos acostumamos com suas presenças que ausência alguma é capaz de esmorecer. Deixam de ser outro e passam a ser um pouco a gente mesmo. Ou a gente mesmo vira esse outro lá por dentro. O que não sei dizer é se isso é assim mesmo ou só impressão minha.
E me virás como? Singular ou todo cheio de plurais, a desafiar-me as mágoas, como quem espreita minha intimidade? Não sei. Apenas estarei lá, fugindo ao óbvio que nos ameaça, recomeçando o final, desde o princípio, quando éramos apenas o verbo. Este, uma vez carne, conheceu então a dor e o silêncio.
Descobri que gosto de me reler de vez em quando. Estava folheando essas páginas, brincando com o cursor para cima e para baixo, e me relia. Tentava lembrar-me de como era eu mesma antes de ontem. De como os dias passam e do quanto de nós fica pelas passagens. E pensava nessas mesmas passagens, que são largas, estreitas, escuras, claras, de todo jeito, e que também são lentas, podem ser rápidas, por vezes tormentosas, a vida levando a gente de arrasto. Passa, amanhece, os arranhões dão conta de que ontem foi ontem, e que ontens talvez se escondam nos nossos amanhãs. A vida deve ser feita de corredores e de relógios, de tensões e de acontecimentos. O que não se sabe bem é quando é para sempre ou para nunca mais.
Relatividade
Toda nova racionalidade traz consigo uma nova estética. O Bom, o Justo e o Belo, tão clássicos, ensejam hoje grandes discussões, relativizam-se, descompartimentam-se. Percebem-se fragmentos de um real que se abstrai. Tudo é muito relativo. Sei. Inclusive esta relatividade toda.
Autor: Maristela Bleggi Tomasini
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