... é característico da ordem temporal ter um sentido, poder ser percorrida em sentido direto e em sentido inverso, o sentido direto sendo sempre o mesmo; é, em uma palavra, implicar numa ordem de anterioridade e de posterioridade que não saberia ser interventiva. Quando eu me represento uma sucessão de imagens no tempo, é-me impossível fazer com que o começo seja o fim e o fim o começo. Dois termos quaisquer tomados desta série são um anterior e outro posterior, e isso para sempre, independente da ordem na qual eu os encontro. Não é, pois, pela posição das imagens que o tempo difere do espaço, mas unicamente pela ideia da necessidade de uma ordem. A ordem do tempo não se impõe como um fato, pois que eu posso percorrê-la num sentido ou noutro; ela se impõe como uma necessidade. O tempo não resulta, pois, de uma ligação de fato entre imagens, mas de um encadeamento necessário de imagens.
ALAIN, Émile Chartier (1899), Sur la mémoire. Une édition électronique réalisée à partir de l’article d’Alain (Émile Chartier) (1899), “ Sur la mémoire ” in Revue de Métaphysique et de Morale, VIIe année, janvier 1899, pp. 26-38, mai 1899, pp. 302-324, septembre 1899, pp. 563-578, Dans le cadre de la collection: "Les classiques des sciences sociales".
Espaço inicialmente reservado a produções relacionadas ao meu Mestrado em Memória Social e Bens Culturais, Lasalle, concluído em 2012. Depois, em boa parte, direcionado a pesquisas vinculadas ao meu Doutorado em História Social, USP, concluído em 2017 e, por fim, ao meu pós-doc em Psicologia Social junto à UERJ, concluído em 2023. Além disso, contempla temas como memória, história, arquivos pessoais, cotidiano, arte, fotografia e outros saberes.
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domingo, 27 de novembro de 2011
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