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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Da civilidade

"Não posso ver-te. Essa impossibilidade é irremediavel. Resigno-me. Para sua felicidade, a creatura humana, em face do irremediavel, resigna-se facilmente ou difficilmente, conforme a intensidade do golpe. Eu me resigno também, não em toda extensão do acto. A resignação é o último estado da alma. Ella pertence aos sábios e aos philosophos. Mas, falo da resignação total, da resignação bondade, que esquece e perdoa. E na minha alma move-se um turbilhão de paixões diversas e contrarias..."  Trecho de carta de Francisco para Maria, década de 1920.
A civilidade parece impor um custo, uma disputa entre a vontade de agir e uma ordem vigente. Cobra-se, ao menos no que se extrai das afirmativas de Francisco nesta carta. É de bom-tom resignar-se, não obstante as paixões da alma, sacrificado o interesse pessoal à vista das conveniências ditadas pela socialidade e pela civilidade, aspectos que devem ser aproximados por sua vez. É que, ao estabelecer regramentos aplicáveis a tipos ideais, a etiqueta, torna tais tipos efetivamente reais, tão reais quanto o legado epistolar de Francisco. 

domingo, 16 de abril de 2017

De Francisco para Maria


"Algumas vezes a carta faz o papel de cocaina pra alma, nas crises de saudade. Procurei essa cocaina inocente e agora estou sorvendo a calma branca como poeira da tua lembrança insistente entranhada no meu espirito e nos meus sentidos, de tal maneira que eu penso que ella se desprende do papel."

Trecho de carta da década de 19/04/1932.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Lettre de Josephine a Napoleon, 1809

Lettre de Josephine a Napoleon, 1809.
Avec la permission de notre auguste et cher époux, je dois déclarer que ne conservant aucun espoir d'avoir des enfants qui puissent satisfaire les besoins de sa politique et l'intérêt de la France, je me plais à lui donner la plus grande preuve d'attachement et de dévouement qui ait jamais été donnée sur la terre. Je tiens tout de ses bontés ; c'est sa main qui m'a couronnée, et du haut de ce trône, je n'ai reçu que des témoignages d'affection et d'amour du peuple français.
Je crois reconnaître tous ces sentiments en consentant à la dissolution d'un mariage qui désormais est un obstacle au bien de la France, qui la prive du bonheur d'être un jour gouvernée par les descendants d'un grand homme si évidemment suscité par la Providence pour effacer les maux d'une terrible révolution et rétablir l'autel, le trône, et l'ordre social. Mais la dissolution de mon mariage ne changera rien aux sentiments de mon coeur : l'empereur aura toujours en moi sa meilleure amie. Je sais combien cet acte commandé par la politique et par de si grands intérêts a froissé son coeur ; mais l'un et l'autre nous sommes glorieux du sacrifice que nous faisons au bien de la patrie.
JOSEPHINE, le 15 décembre 1809.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Lettres à Louise Colet



http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d1/Louise_Colet.jpg
"J’éprouve pour toi um mélange d’amitié, d’attrait, d’estime, d’attendrissement de coeur et d’entraînement de sens qui fait um tout complexe, dont jê ne sais pas le nom mas qui me paraît solide."

FLAUBERT, Lettres à Louise Colet, Paris: Magnard, 2003, p. 21.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Porto Alegre Imaginada. Cidade, Cartas de Amor e Poesia

Porto Alegre Imaginada. Cidade, Cartas de Amor e Poesia é uma coletânea iconográfica que aborda a cidade a partir do imaginário de um apaixonado. Baseada em referências contidas em cartas de amor, documentos autênticos pertencentes a um arquivo pessoal, em mapas, em fotografias e em pinturas que têm por tema a cidade, a autora construiu imagens, recriando-as a partir dessas referências. Agora editado  como livro, o trabalho foi publicado pelo IPMS - Instituto de Pesquisa em Memória Social, e disponibilizado em Literatura.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Minha Dissertação

Maristela Bleggi Tomasini

Título da Dissertação: MEMÓRIA SOCIAL EM CARTAS DE AMOR: SENSIBILIDADE E SOCIABILIDADES EM PORTO ALEGRE DA DÉCADA DE 1920 

Data: 18 de dezembro de 2012 

Banca Examinadora: 

Profª. Drª. Nadia Maria Weber Santos (Orientadora)
Profª. Drª. Cleusa Maria Gomes Graebin (Coorientadora) 
Profª. Drª. Zilá Bernd 
Profª. Drª. Lucia Regina Lucas da Rosa (UFRGS) 
Profª. Drª. Marcia Ivana Lima e Silva (UFRGS) 

Resumo: Este trabalho se insere no campo da História Cultural, tendo como tema central memória social, sensibilidades e sociabilidades. Sua fonte consiste em cartas de amor escritas em Porto Alegre durante a década de 1920, documentos que envolvem pessoas reais, cuja identidade é aqui preservada. A pesquisa teve por objetivo construir o processo de memória social a partir das cartas, identificando manifestações de sensibilidades e de sociabilidades típicas da Porto Alegre de então ― 1922 a 1926 ― com base em elementos de memória indicados na correspondência. Primeiramente foi contextualizada a fonte, para registro de sua história, e fixação da trajetória de suas transmissões patrimoniais. Procedeu-se à sistematização da fonte para estabelecer um plano classificatório voltado à organização dos dados, ao estabelecimento de categorias e à descrição dos conteúdos, visando aos objetivos apontados, bem como à construção do produto final, O Diário de Francisco, uma criação de ordem literária e artística (conto) inspirada em referências constantes das cartas. Os conteúdos dos capítulos subsequentes à classificação do corpus documental consistem na identificação de elementos da subjetividade que aparecem nas cartas (escritas de si) de Francisco para Maria, respaldando sensibilidades e sociabilidades na década de 1920, e de elementos do urbano, ressaltando a cidade de Porto Alegre, onde se deu esta troca epistolar.

Palavras-chave: Cartas de amor. Memória social. Sensibilidades. Sociabilidades. Escritas de si. Porto Alegre na década de 1920.