Modelos de cartas sobre diferentes assuntos, escolhidos entre os melhores autores epistolares. Com uma breve instrução à frente de cada espécie de cartas. Precedidas de de algumas reflexões sobre o estilo epistolar em geral, sobre o caráter dos autores nesse gênero, e do cerimonial das cartas, 1767.
Espaço inicialmente reservado a produções relacionadas a meu Mestrado em Memória Social e Bens Culturais, Lasalle, 2012. Depois, em boa parte, direcionado a pesquisas vinculadas ao Doutorado em História Social, USP, 2017. Atualmente (2019), dará lugar a publicações conexas a meu pós-doc em Psicologia Social junto à UERJ, com estágio concluído em 2023. Além disso, contempla temas como memória, história, arquivos pessoais, cotidiano, arte, fotografia e outros saberes.
sábado, 22 de outubro de 2016
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Poder pode mas... não deve
"Ao escrever cartas de
amor, cuidado!” — enfatiza Bárbara Virgínia em seu livro sobre etiqueta social[1].
E prossegue, explicando: “Há um ditado que diz: Tudo o que está escrevendo agora, um dia poderá ser lido num tribunal."
Pois, se o amor é cego, a
sociedade não o é, e parece vigiar os amantes incautos que não raramente
documentam sua paixão. A confissão dessas indiscrições, contudo, documentada em
cartas de amor, dão a ver bem mais que uma lúdica ou trágica paixão. Materializam
hábitos, costumes e práticas sociais.
Isso importa? Mas é claro que sim. Até porque a era dos romances
epistolares já não acontece, ao menos não com uso de papel e envelopes. O
correio eletrônico, as redes sociais, o telefone substituíram as velhas cartas
de amor...
[1]
VIRGINIA,
Bárbara. Poder pode mas... não deve. Manual ilustrado do bem-receber,
elegância, charme e etiqueta. São Paulo: Coleções Loyola, 1993, p. 39.
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Fotografia
domingo, 9 de outubro de 2016
Medo, reverência, terror
"Vivemos
num mundo em que os Estados ameaçam com o terror, exercitam-no e às vezes o
sofrem. É o mundo de quem procura se apoderar das armas, veneráveis e potentes,
da religião, e de quem empunha a religião como uma arma. Um mundo no qual
gigantescos Leviatãs se debatem convulsamente ou ficam de tocaia, esperando. Um
mundo semelhante àquele pensado e investigado por Hobbes.
Mas
alguém poderia sustentar que Hobbes nos ajuda a imaginar não só o presente,
como também o futuro: um futuro remoto, não inevitável, e contudo talvez não
impossível.48 Suponhamos que a degradação
do ambiente aumente até alcançar níveis hoje impensáveis. A poluição do ar, da água
e da terra acabaria por ameaçar a sobrevivência de muitas espécies animais,
inclusive aquela denominada Homo sapiens
sapiens. A essa altura, um controle global,
minucioso, sobre o mundo e seus habitantes se tornaria inevitável. A sobrevivência
do gênero humano imporia um pacto semelhante àquele postulado por Hobbes: os
indivíduos renunciariam às próprias liberdades em favor de um super Estado opressor,
de um Leviatã infinitamente mais potente que os passados. O grilhão social
estreitaria os mortais num nó férreo, já não contra a “ímpia natureza”, como
escrevia Leopardi em La Ginestra [A
giesta], mas em socorro a uma natureza frágil, deteriorada, precária.
Um
futuro hipotético, que esperamos não se verifique jamais."
GINZBURG, Carlo. Medo, reverência, terror. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. Disponível em: < https://pt.scribd.com/document/233115318/Carlo-Ginzburg-Medo-Reverencia-e-Terror >. Acesso em: 09/10/2016.
sábado, 1 de outubro de 2016
Porto Alegre
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