Muitos se recordam desses livros adquiridos em branco. Encadernados com gosto, colecionavam lembranças. As meninas, principalmente, os tinham. Eram emprestados para que as amigas, colegas do colégio em especial, anotassem ali pensamentos, poesias, recordações. Eu mesma tive um, que se perdeu.
Este, que aparece na foto, obtive recentemente. Pertenceu a uma senhora que hoje conta mais de 90 anos. O livro, presente de sua mãe em 1945, traz anotações de amigas até 1949, na maior parte, transcrições de poesias. Por entre as páginas, manuscrito em letra caprichada sobre folha quadriculada tomada de algum caderno, está o Se, de Kipling e um recorte de jornal, sem data, com outro poema intitulado Perdoa-me, de Delmar Barrão.
Fica o registro.