Abordar campos do
saber inovadores que, por sua própria natureza, possuem efeito deletério sobre muitos
ícones culturais tidos por imutáveis, permanentes, mesmo eternos, não é sem
certa inquietação. Acostumados à zona de conforto propiciada pela
estabilidade que conferimos às coisas, pensar o mundo a partir do que ele
apresenta de essencial em sua concretude requer, sim, uma disposição especial
de espírito. Além disso, as ditas fronteiras mantidas entre as disciplinas
acabam por gerar apropriações de termos que terminam por não significar mais
nada além de meras palavras ou expressões. Presos a uma codificação rígida,
congelam, e esta mesma rigidez termina por inviabilizar o pensamento,
sobretudo, o pensamento criativo, que reclama liberdade e flexibilidade.
O
terreno artístico é fecundo e comporta ousadias.
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