Os fundadores da
revista “Annales d’histoire économique et sociale”
(1929),
pioneiros de uma história nova, insistiram sobre a necessidade de
ampliar a noção
de documento: “A história faz-se com documentos escritos,
sem dúvida.
Quando estes existem. Mas pode fazer-se, deve fazer-se sem
documentos
escritos, quando não existem. Com tudo o que a habilidade do
historiador lhe
permite utilizar para fabricar o seu mel, na falta das flores
habituais. Logo,
com palavras. Signos. Paisagens e telhas. Com as formas
do campo e das
ervas daninhas. Com os eclipses da lua e a atrelagem dos
cavalos de tiro.
Com os exames de pedras feitos pelos geólogos e com as
análises de
metais feitas pelos químicos. Numa palavra, com tudo o que,
pertencendo ao
homem, depende do homem, serve o homem, exprime o
homem, demonstra
a presença, a atividade, os gostos e as maneiras de ser
do homem”. LE GOFF, Jacques. História e Memória. 4.ed.
Campinas: Unicamp, 1996.
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