De mãos dadas com os preconceitos e as discriminações, as
regras de etiqueta marcam territórios onde hierarquias são estabelecidas, e embora
não correspondam a nenhum formalismo de ordem legal, nem por isso são menos
rigorosas. Não são promulgadas nem assinadas por quem de direito, mas emanam de
instâncias de controle onde o poder existe de fato. Enquanto a norma jurídica é
coercitiva na ordem das punições previstas em lei, a norma de etiqueta, quando
violada, tem consequências bem diferentes, que se dão muito mais perto dos
fatos sociais menos relevantes e mais corriqueiros. Entre subtrair um objeto
alheio, e não manifestar-se formalmente à vista de um convite assinalado com as
iniciais R. S. V. P, vai uma grande distância a separar estas duas instâncias
paralelas, ambas encarregadas de controlar e de constranger ― o vigiar e punir
de Foucault ―, cada qual a seu modo.
Espaço inicialmente reservado a produções relacionadas a meu Mestrado em Memória Social e Bens Culturais, Lasalle, 2012. Depois, em boa parte, direcionado a pesquisas vinculadas ao Doutorado em História Social, USP, 2017. Atualmente (2019), dará lugar a publicações conexas a meu pós-doc em Psicologia Social junto à UERJ, com estágio concluído em 2023. Além disso, contempla temas como memória, história, arquivos pessoais, cotidiano, arte, fotografia e outros saberes.
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
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