"Ao escrever cartas de
amor, cuidado!” — enfatiza Bárbara Virgínia em seu livro sobre etiqueta social[1].
E prossegue, explicando: “Há um ditado que diz: Tudo o que está escrevendo agora, um dia poderá ser lido num tribunal."
Pois, se o amor é cego, a
sociedade não o é, e parece vigiar os amantes incautos que não raramente
documentam sua paixão. A confissão dessas indiscrições, contudo, documentada em
cartas de amor, dão a ver bem mais que uma lúdica ou trágica paixão. Materializam
hábitos, costumes e práticas sociais.
Isso importa? Mas é claro que sim. Até porque a era dos romances
epistolares já não acontece, ao menos não com uso de papel e envelopes. O
correio eletrônico, as redes sociais, o telefone substituíram as velhas cartas
de amor...
[1]
VIRGINIA,
Bárbara. Poder pode mas... não deve. Manual ilustrado do bem-receber,
elegância, charme e etiqueta. São Paulo: Coleções Loyola, 1993, p. 39.
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