quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Poder pode mas... não deve

"Ao escrever cartas de amor, cuidado!” — enfatiza Bárbara Virgínia em seu livro sobre etiqueta social[1]. E prossegue, explicando: “Há um ditado que diz: Tudo o que está escrevendo agora, um dia poderá ser lido num tribunal."

Pois, se o amor é cego, a sociedade não o é, e parece vigiar os amantes incautos que não raramente documentam sua paixão. A confissão dessas indiscrições, contudo, documentada em cartas de amor, dão a ver bem mais que uma lúdica ou trágica paixão. Materializam hábitos, costumes e práticas sociais. 

Isso importa? Mas é claro que sim. Até porque a era dos romances epistolares já não acontece, ao menos não com uso de papel e envelopes. O correio eletrônico, as redes sociais, o telefone substituíram as velhas cartas de amor...



[1] VIRGINIA, Bárbara. Poder pode mas... não deve. Manual ilustrado do bem-receber, elegância, charme e etiqueta. São Paulo: Coleções Loyola, 1993, p. 39.


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