domingo, 6 de agosto de 2017

Cartas

"Maria, meu amor –
Hontem, depois do jantar, quiz escrever-te, para continuar um doce costume tão ligeiro e tão amavel: conversar contigo. Uma necessidade de doçura e de encontro me apontava a folha em branco como o único meio de satisfaze-la. Todas as pequenas imagens adoraveis, toda as sensações deliciosas que a tua ternura morena crêa pairavam em confusão dentro de mim, fazendo-me desejar uma conciencia dolorosa de impossibilidade a tua presença real

Trecho de carta da década de 02/10/1932, Santo Ângelo.


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