A utilização de fontes produzidas
pela imprensa, ― revistas e jornais, dentre outras ―, tem como regra a prévia
análise da linha editorial. O que orienta os temas, os assuntos, daquela
determinada publicação que se pretende usar? É possível descobrir ali uma estética
editorial? Caso positivo, o que ela nos informa ou quer significar como visão
de mundo ali refletida? Considere-se ainda que qualquer publicação impressa se dirige a um público determinado: um sujeito leitor. Esse
conjunto de fatores nos fornece as condições de produção daquele material, algo
que pode revelar tendências ditadas pelos interesses ali implicados e seu maior
ou menor poder de influência. Tais tendências, se e quando corretamente
identificadas, podem mesmo ultrapassar em importância os fatos registrados. Há
um ideário que atravessa a produção impressa. Ele se mostra tão segmentado quanto
os sujeitos leitores, que podem manter pertinências entre eles, interesses
comuns. O resultado desse ideário é o aparelhamento da informação que se
relativiza. O historiador, se souber ficar atento a essa relativização, colhe
dela mais do que o fato revelado, podendo alcançar o próprio interesse ali
implicado.
Espaço inicialmente reservado a produções relacionadas a meu Mestrado em Memória Social e Bens Culturais, Lasalle, 2012. Depois, em boa parte, direcionado a pesquisas vinculadas ao Doutorado em História Social, USP, 2017. Atualmente (2019), dará lugar a publicações conexas a meu pós-doc em Psicologia Social, em andamento junto à UERJ. Além disso, contempla temas como memória, história, arquivos pessoais, cotidiano, arte, fotografia e outros saberes que despertam em mim o desejo de pesquisar.
sábado, 17 de novembro de 2018
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário