"O patrício ou o mandarim em assuntos econômicos, profissionais, científicos, artísticos ou literários pertence à mais perigosa das aristocracias; aquela que se reserva o direito de opinar ou de decidir sem que assuma a responsabilidade de seus pareceres ou resoluções.
Trata-se de votos ou sentenças, proferidas por autoridades em determinados assuntos, que se escudam no pressuposto de cultura adquirida nos bancos acadêmicos ou no trato cotidiano dos livros. Estas autoridades, revestidas da chancela legal, decidem questões que afetam o destino e a existência dos homens com um simples passar de olhos, uma inspeção superficial, ou uma informação indireta, ouvida através do relator."
CANNABRAVA, Euryalo. Teoria da decisão filosófica. Bases psicológicas da matemática, da linguística e da teoria do conhecimento. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1977, pp. 38-39.
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