O estudo de correspondência ― tipo de documentação que recentemente ganhou importância e destaque como fonte histórica ― ainda tem como objeto privilegiado as cartas trocadas entre figuras de destaque, como intelectuais ou políticos. Há também interesse pelas cartas endereçadas por figuras populares a grandes figuras políticas com o objetivo de encaminhar pedidos. Mas são poucos os trabalhos dedicados à correspondência estritamente pessoal e, nesse caso, a que desperta maior atenção é a correspondência amorosa. São praticamente inexistentes trabalhos que focalizem correspondências domésticas e íntimas de pessoas anônimas, concetradas em descrever relações familiares. Esse pode ser, contudo, um rico instrumento de análise histórica.
FERREIRA, Marieta de Moraes. Correspondência familiar e rede de sociabilidade, in Escrita de si Escrita da história, org. GOMES, Angela de Castro, Rio de Janeiro, FGV, 2004, p. 254.
Espaço inicialmente reservado a produções relacionadas a meu Mestrado em Memória Social e Bens Culturais, Lasalle, 2012. Depois, em boa parte, direcionado a pesquisas vinculadas ao Doutorado em História Social, USP, 2017. Atualmente (2019), dará lugar a publicações conexas a meu pós-doc em Psicologia Social, em andamento junto à UERJ. Além disso, contempla temas como memória, história, arquivos pessoais, cotidiano, arte, fotografia e outros saberes que despertam em mim o desejo de pesquisar.