domingo, 2 de fevereiro de 2020

Uma palavra sobre Hobbes e o Leviathan


O pacto entre os homens, ao contrário do que ocorre com os animais, seria artificial, pensava Hobbes, concluindo daí a necessidade de um estado de sujeição para que o pacto fosse duradouro. Um poder que inspirasse o medo teria surgido a partir dessa necessidade, originando a religião e o Estado. Sujeição, reverência, medo que se equilibram pela imaginação de inspiração religiosa. O Leviatã se ergueria assim, a partir do artifício, sujeitando o homem que se torna, ele também, homem artificial.

GINZBURG, Carlo. Medo, reverência, terror. Quatro ensaios de iconografia política. Trad. de Federico Carotti, Joana Angélica d’Avila Melo e Júlio Castañon Guimarães. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

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